9 anos. Sonhador. Filho único. Sozinho em casa. Seu pai não estava na roça, mas fora trabalhar. Sua mãe fora passear. Pouco sabia sobre o passado de seus pais, pois o histórico contado de sua família era um suspense instigante para o curioso menino que passava mais tempo pensando do que berrando, diferente de muitas crianças por aí...
O garotinho aproveitou o momento "Esqueceram de mim" para investigar um quarto secreto que havia em sua casa. Será que está trancado, como sempre? Estava. Como poderia abrir? Estranhamente, a porta daquele cômodo não tinha fechadura e nem maçaneta. Mas, estava ali no quarto de seus pais aparentemente como apenas uma porta trancada. Era visível a qualquer um que aquilo não seria uma simples decoração.
Não era lembrado quando ficara sozinho em casa, com acesso ao quarto dos pais, tendo tempo suficiente para chegar até a tal porta e pensar em uma maneira de entrar ali. Seu pai era muito rude quando questionado sobre suas coisas. Sua mãe parecia não saber de nada, talvez ela nem se interessasse. E mais, quem se importaria com a curiosidade de uma criança? Meninos e meninas só devem estudar e brincar, nada mais... Pensar era só para os adultos. Mas aquela criança pensava por dois! Infelizmente, seus pais voltaram e nada fora descoberto ainda.
Alguns dias se passaram desde o último momento sozinho, e a investigação começou novamente. Mas, agora o garoto não aparentava estar tão só. Havia algo a mais... Estranhamente, seus pais saíram juntos e acompanhados de outros adultos apressados. Por que ambos deixariam o filho único em casa? Não importa! A primeira ideia que surgia na cabeça do menino era o segredo da família.
A porta estava aberta! As coisas do quarto de seus pais estavam largadas pelos cantos, algumas em cima da cama. Havia apenas escuridão na direção daquela porta sem maçaneta e fechadura... Ao entrar, uma sensação nova parecia sufocar a criança - que ainda estava aprendendo sobre os cinco sentidos. Era algo que não soubera decifrar sozinho. Seria possível perguntar a seus pais depois? Melhor não!
Horas mais tarde, seus pais chegaram mais calmos do que quando saíram. Nem perceberam o que aconteceu de diferente, pois seu filho já estava assistindo televisão como sempre... Foram comer na sala de jantar e nada foi discutido sobre qualquer assunto fora de seu cotidiano. Mais um dia comum, com exceção de uma descoberta na vida daquele que ainda desvendaria muitos mistérios.
No dia seguinte:
- Espere! Eu notei algo a mais diferente do normal aqui em casa... Esse espelho estranho esteve sempre aqui, e eu lembro de minha mãe me dizendo que meu pai o fez juntamente com meu tio. Será que tem relação com os segredos de família?
Era um espelho negro, em formato oval, com molduras trabalhadas em detalhes ondulados. Ele sempre ficou em um local que não combinava com ele - entre a garagem e o quintal, onde o garoto passava boa parte do dia brincando. Mas, naquele dia ele viu algo além de seu próprio reflexo. Estava de dia, mas o espelho refletia sua imagem como se estivesse à noite.
O garotinho aproveitou o momento "Esqueceram de mim" para investigar um quarto secreto que havia em sua casa. Será que está trancado, como sempre? Estava. Como poderia abrir? Estranhamente, a porta daquele cômodo não tinha fechadura e nem maçaneta. Mas, estava ali no quarto de seus pais aparentemente como apenas uma porta trancada. Era visível a qualquer um que aquilo não seria uma simples decoração.
Não era lembrado quando ficara sozinho em casa, com acesso ao quarto dos pais, tendo tempo suficiente para chegar até a tal porta e pensar em uma maneira de entrar ali. Seu pai era muito rude quando questionado sobre suas coisas. Sua mãe parecia não saber de nada, talvez ela nem se interessasse. E mais, quem se importaria com a curiosidade de uma criança? Meninos e meninas só devem estudar e brincar, nada mais... Pensar era só para os adultos. Mas aquela criança pensava por dois! Infelizmente, seus pais voltaram e nada fora descoberto ainda.
Alguns dias se passaram desde o último momento sozinho, e a investigação começou novamente. Mas, agora o garoto não aparentava estar tão só. Havia algo a mais... Estranhamente, seus pais saíram juntos e acompanhados de outros adultos apressados. Por que ambos deixariam o filho único em casa? Não importa! A primeira ideia que surgia na cabeça do menino era o segredo da família.
A porta estava aberta! As coisas do quarto de seus pais estavam largadas pelos cantos, algumas em cima da cama. Havia apenas escuridão na direção daquela porta sem maçaneta e fechadura... Ao entrar, uma sensação nova parecia sufocar a criança - que ainda estava aprendendo sobre os cinco sentidos. Era algo que não soubera decifrar sozinho. Seria possível perguntar a seus pais depois? Melhor não!
Horas mais tarde, seus pais chegaram mais calmos do que quando saíram. Nem perceberam o que aconteceu de diferente, pois seu filho já estava assistindo televisão como sempre... Foram comer na sala de jantar e nada foi discutido sobre qualquer assunto fora de seu cotidiano. Mais um dia comum, com exceção de uma descoberta na vida daquele que ainda desvendaria muitos mistérios.
No dia seguinte:
- Espere! Eu notei algo a mais diferente do normal aqui em casa... Esse espelho estranho esteve sempre aqui, e eu lembro de minha mãe me dizendo que meu pai o fez juntamente com meu tio. Será que tem relação com os segredos de família?
Era um espelho negro, em formato oval, com molduras trabalhadas em detalhes ondulados. Ele sempre ficou em um local que não combinava com ele - entre a garagem e o quintal, onde o garoto passava boa parte do dia brincando. Mas, naquele dia ele viu algo além de seu próprio reflexo. Estava de dia, mas o espelho refletia sua imagem como se estivesse à noite.
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